Vida amorosa: parte 22

Quando o martelo é a sua única ferramenta, você acaba enxergando todos os seus desafios como prego. Essa frase não é minha, mas resume bem a conclusão que eu cheguei nesta etapa da minha vida.

Comecei a refletir sobre tudo que tinha passado desde então. Poxa, preciso entender se o problema está em mim. E na verdade, estava, assumo! Eu estava vendo todos os caras que se aproximavam de mim como candidatos em potencial para fazer parte do quadro de funcionário do meu picadeiro. Mas, será que eles de fato queriam? Eles me disseram isso ou eu assumi este cenário e comecei a fazer uma entrevista com pessoas que nem se candidataram à vaga?

Capítulo 7: Trocando o circo pelo convento!!!

A partir deste momento eu me auto- promovi. Sim! Não era apenas uma recruta dos recursos amorosos humanos, mas agora eu migrei de pessoa tola para inteligente nesta área da minha vida. Não! Não! Não! Só irei entrevistar o candidato que disser : - “Eu quero ser o palhaço da sua vida”...

- Poxa, você vai embora sem deixar seus contatos? Disse o Candidato I - alemão, empresário, medalha de ouro em palhaçadas à distância, 35 anos com o olhar decepcionado.
- Sim! Disse eu com uma determinação consequente do meu sofrimento passado.
Não tive coragem de olhar em seus olhos azuis, que são, para mim, tipo medusa da mitologia grega, se olhar diretamente em seus olhos me congela e viro pedra rsrs
Fui embora orgulhosa de mim mesmo, afinal disse “não!” .... Parabéns para mim.

Um belo dia...
Estava eu toda glamourosa na internet, quando alguém me adiciona no facebook e quem era?
Próximo post... (brincadeirinha)

Era o candidato I, ué? Mark Zuckerberg além de daltônico é mágico?
Como você me achou? Perguntei para ele via inbox.
-Seni, você havia comentado sobre o couchsurf então te achei no site, peguei o seu contato e te achei no facebook...
- Damn!!! 

Pois bem, em nossa conversa no Starbucks eu acabei comentando de alguns sites que era cadastrada como o couchsurf, pois não é que ele me achou e pegou meu e-mail lá...

Começamos trocar emails e ele queria conhecer o museu da língua portuguesa , fui com ele.. Sem maquiagem e com a primeira roupa que encontrei, porque aquilo não era um date e  muito menos uma entrevista.
E assim foram quase todos os dias, ele me ligava, me buscava no trabalho.. Começou vir almoçar todos os dias comigo...
E onde eu ia ele se auto convidava... Virou meu anexo.

Foi um dia que teve um happy hour da minha empresa e ele se convidou... Convidei minha amiga para não soar como “casal” ficou pior porque suou como “menage a trois” rsrs.
Brincadeiras a parte, eu fiquei surpresa, ele se socializou muito bem, conversou com meus colegas, ficou bem à vontade, foi um tempo muito bacana.
Na hora de ir embora do Pub que estávamos, pedi para o meu colega de trabalho a gentileza de dar uma carona para ele e eu fui embora com minha amiga, e no caminho ela não parava de falar dele:
-Seni, ele é incrível!!
Ahh é amiga? Que bom! Disse eu fazendo a egípcia.
- Seni ele é lindo!!
-Sério? Quem bom né! Disse eu olhando através da janela de seu carro...

Isso mesmo, estava tão exaurida que não conseguia sentir mais nada por ele e por mais ninguém... somente um resguardo para não sofrer mais...
Estava quase fechando oficialmente a vaga, foi então o meu colega de trabalho (que deu carona para ele) me disse...
-Seni este cara te ama.. E bla bla bla
Ele não parava de falar em você o caminho inteiro.
- Ah é! Legal! Disse eu com voz indiferente.

Não! Desta vez não.. Expectativa menos 1, o mesmo grau de temperatura do meu coração...

E começou a copa, ele perguntou se eu queria assistir um jogo... Ele iria pagar uma fortuna nos ingressos .. Não aceitei! Muita grana , não sou tão fã de futebol assim...
Então eu iria para o Rio de Janeiro e ele quis ir comigo, porém ele passou os dados do cartão de crédito dele para eu comprar as passagens, então comecei a comprar as coisas para ele com o seu cartão... Que bom que ele confia em mim (guardem esta informação)..

Ele sempre me perguntando o por que de eu ser assim tão fria?.. E bla bla bla..
A que ponto chegamos? Um alemão me chamando de fria kkk
Contei a história parcial do meu desastre amoroso (resumi), até então
Voltamos para São Paulo e foi então q ele se abriu comigo falando que estava apaixonado por mim e bla bla bla.. Eu disse que me sentia lisonjeada, mas não queria me envolver...
-Vamos ficar na amizade! Ok?

Matando a curiosidade de quem me via indo tanto para o Rio era isso.. estava com ele, pois bem, no segundo jogo do Brasil estávamos em COPAcabana, ele não olhava para o bumbum de nenhuma mulher... acho que nem se passasse a Paolla Oliveira em sua frente ele não olharia! É realmente ele é diferente...

Próximo capítulo
Capítulo 7 – Duelo de titãs
O encontro dos candidatos em COPAcabana